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Ataque isquêmico transitório (AIT): o que é e como diagnosticar?

Neurologista fala sobre importância do atendimento médico para a prevenção de danos cerebrais
MT
Dr. Marcos Tulius - Neurologista Atualizado em 26/01/2022

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de letalidade no país. Ele pode ser do tipo isquêmico (quando há o entupimento de uma artéria por um coágulo ou trombo) ou hemorrágico (quando há o rompimento de uma artéria com extravasamento de sangue dentro do cérebro). Um dos principais fatores de risco para o AVC isquêmico é o ataque isquêmico transitório (AIT). 

O que é ataque isquêmico transitório?

O ataque isquêmico transitório (AIT) ocorre quando há um entupimento temporário das artérias que irrigam o encéfalo (estrutura que envolve o cérebro, tálamo, mesencéfalo, cerebelo e bulbo), causado por uma trombose – formação de placas de gordura – ou embolia – deslocamento do trombo para os vasos sanguíneos.

Apesar de ser bastante semelhante a um AVC, as duas condições se diferem em sua duração, pois o déficit decorrente do AIT, na grande maioria dos casos, costuma durar, no máximo, uma hora. Segundo o Dr. Marcus Tulius, neurologista do CHN, por definição, um ataque isquêmico transitório nunca deixa sequelas.

Sintomas de isquemia cerebral transitória

As manifestações da isquemia transitória são semelhantes aos sinais de AVC, sendo estes os principais:

  • perda repentina da força muscular e/ou da visão de um dos lados do corpo;

  • dormência ou formigamento na face, no braço ou na perna de um dos lados do corpo;

  • dificuldade de comunicação oral (fala arrastada) e de compreensão;

  • tonturas.

Como é o diagnóstico de AIT?

Ao contrário do AVC isquêmico, os sintomas do AIT passam de forma espontânea. Ainda assim, é necessário investigar possíveis consequências desse mal súbito. Dessa forma, se você apresentar ou testemunhar alguém com o quadro acima, busque atendimento médico imediato para que, apoiado por exames de imagem como tomografia de crânio e/ou ressonância magnética, o neurologista defina o melhor tratamento.

Tratamentos e riscos de um ataque isquêmico

Ainda que a isquemia transitória seja um quadro de remissão espontânea, é preciso cautela, visto que há chance de evolução para alterações mais sérias como o próprio AVC, que pode resultar em sequelas definitivas. Sendo assim, a melhor forma de prevenção se dá pelo cuidado com a alimentação, a prática de atividades físicas regulares e o abandono do consumo de substâncias como tabaco e álcool.

“O maior risco de um AIT é o paciente sofrer um AVC, possibilidade que aumenta logo após os primeiros dias. Por isso é fundamental que o ele seja visto com urgência por um neurologista, ainda que os sintomas tenham regredido, pois medidas poderão ser utilizadas para reduzir as chances de um acidente vascular cerebral no futuro próximo e, por consequência, evitar sequelas”, finaliza o Dr. Marcus.

Escrito por
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Dr. Marcos Tulius

Neurologista
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Dr. Marcos Tulius

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