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A importância de manter a doação de sangue durante a Covid-19

Preservar os estoques dos bancos de sangue é uma medida fundamental, mesmo em meio à pandemia

​​​​​​​​Inúmeras pessoas necessitam de transfusão de sangue todos os dias, como pacientes com câncer e transplantes em casos urgentes. Entretanto, diante das recomendações atuais de isolamento social, o número de doações foi drasticamente reduzido. 

Segundo Márcia Rejane Valentim, coordenadora do CHN Transplante, até o momento, não existem evidências de que a transfusão clínica possa transmitir a Covid-19. Assim como, durante a doação de sangue, não há risco de contaminação. Entretanto, caso tenha disponibilidade para realizar esse gesto, o doador deve manter as devidas precauções, como lavar as mãos com água e sabão recorrentemente, utilizar álcool gel 70% e máscara cirúrgica e evitar aglomerações.

Listamos, a seguir, as condições para se tornar um doador de sangue.

Requisitos básicos para doar sangue

- Estar bem de saúde.
- Pesar mais de 50 quilos.
- Levar documento oficial com foto (RG, CNH, carteira de reservista, carteira de conselho profissional ou passaporte).
- Ter idade mínima de 16 anos e máxima 69 anos (menores de idade necessitam de autorização legal dos responsáveis legais por escrito; esse formulário encontra-se disponível na recepção do hemocentro); para realizar a doação depois dos 61 anos, o candidato já deve ter doado sangue anteriormente.
- Estar alimentado (evitar comida gordurosa nas três horas que antecedem a doação).
- Homens: podem doar de dois em dois meses.
- Mulheres: podem doar de três em três meses.

De acordo com a coordenadora do CHN Transplante, com o surgimento da Covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde atualizaram as recomendações aos brasileiros interessados em doar sangue. Aqueles que tenham se deslocado dentro ou fora do país estão inaptos pelos próximos 30 dias após o retorno da viagem, assim como quem foi infectado pelo novo coronavírus ou teve contato com pessoas diagnosticadas com a Covid-19. 

Impedimentos para doar sangue

Não são considerados aptos para fazer a doação aqueles que ingeriram bebida alcóolica nas últimas 12 horas, que realizaram endoscopia e/ou colonoscopia nos últimos seis meses e/ou que tiveram hepatite depois dos 11 anos. O indivíduo que fez tatuagem e/ou piercing há menos de um ano ou quem usa drogas ilícitas também não pode doar. “Além disso, existem alguns medicamentos que impedem a doação, mas essa questão será tratada na triagem clínica, na hora do procedimento”, ressalta Márcia.

Após a doação

É recomendado permanecer no local da doação por até 15 minutos. O doador ainda deve seguir algumas orientações, como pressionar a parte puncionada com algodão, não dobrar o braço e não fazer esforço físico nas próximas 24 horas. É importante ingerir bastante líquido, não dirigir por quatro horas e não pegar peso com o braço da doação. Caso o doador seja fumante, ele não deve consumir cigarros por duas horas.

Seja responsável

No momento da doação são coletadas amostras do sangue do doador para rastrear determinadas doenças que podem ser transmitidas pela transfusão, como sífilis, doença de Chagas, hepatite B, hepatite C, HIV (que provoca a AIDS) e HTLV I e II (retrovírus humano causador de infecções e de câncer).

“Essa medida é realizada com o objetivo de proteger os pacientes, por isso, nenhum doador deve procurar o banco de sangue apenas para obter resultados de exames. Todas essas doenças possuem um período de janela imunológica, ou seja, o exame pode apresentar resultado negativo na fase inicial da infecção, colocando em risco a saúde de quem vai receber a transfusão”, reitera Márcia Rejane.
Seja consciente. Caso haja qualquer dúvida em relação à sua saúde, que diz respeito à transmissão de doenças, comunique o fato ao médico ou enfermeiro responsável pela triagem ou não efetue a doação de sangue.​

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