O conceito sociológico de pirâmide etária já define: à medida que um país se desenvolve, sua expectativa de vida acompanha essa evolução, o que aumenta o número de integrantes da população idosa. O Dia Mundial do Idoso, comemorado em 1º de outubro, traz boas estimativas para o futuro: dados mostram que, em 2030, o Brasil terá a quinta população mais idosa do mundo. Portanto, é preciso entender como se preparar para essa fase com qualidade de vida.
Por trás do segredo
Segundo o dr. Alex Sander Ribeiro, coordenador do Complexo de Emergências do CHN, o “segredo" para envelhecer com saúde e qualidade de vida é mais simples do que parece: basta apostar em diferentes hábitos saudáveis. “Os estudos comprovam que o estilo de vida influencia fortemente na longevidade. A prática regular de atividades físicas, bem como a alimentação balanceada e o envolvimento social são rotinas frequentemente adotadas por grupos de idosos observados nas Zonas Azuis", explica.
Mas o que são as Zonas Azuis?
Uma pesquisa – em atividade desde a década passada – teve o objetivo de mapear locais do planeta onde a pessoa tem melhores saúde e qualidade de vida. Com isso em mãos, foi possível analisar os hábitos daquelas populações e entender o que poderia proporcionar a longevidade saudável. Os locais mapeados foram:
- Sardenha (Itália);
- Ilhas de Okinawa (Japão);
- Loma Linda (EUA);
- Península de Nicoya (Costa Rica);
- Icária (Grécia).
O pesquisador constatou que estilos de vida saudáveis eram o elo entre todos esses grupos. Andar a pé, fazer faxina na casa, colher os próprios alimentos e manter-se constantemente em movimento configuravam as atividades físicas regulares mais adotadas nas Zonas Azuis. Fortes laços com a família, os amigos e a comunidade local também eram características importantes. Por fim, dietas baseadas em vegetais com baixa carga glicêmica, pouco consumo de carnes, bastante diversidade de alimentos e respeito pela saciedade são essenciais para a longevidade do ser humano.
