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Saiba como identificar a depressão

Apesar de ser cada vez mais comum, ainda existem diversas falsas concepções sobre a doença

​Não faz tanto tempo, um dos maiores youtubers e humoristas da atualidade, Whindersson Nunes, decidiu fazer um desabafo em seu perfil do Twitter: “Não sinto tanta vontade de viver.”. Em uma sequência de mensagens, o rapaz – conhecido por sua personalidade radiante – revelou estar sofrendo com depressão. Após três meses de tratamento, Whindersson veio a público mais uma vez para declarar que estava melhor.

Outros casos que repercutiram bastante nas redes sociais foram o da cantora Paula Fernandes e do padre e artista Fábio de Melo. Os três exemplos revelam que qualquer pessoa pode estar suscetível ao desenvolvimento da doença.

Considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o “mal do século”, já atingindo 10% da população mundial, a depressão está entre as condições mais comuns nos consultórios de psicologia atualmente. No entanto, apesar de ter se tornado um tema popular nos últimos anos, ainda existem muitas faltas concepções sobre o assunto, que, por vezes, é tratado como tabu.

O que é depressão?

A psicóloga Marcely Quirino, do CHN, esclarece: “Trata-se de uma doença psiquiátrica crônica que está relacionada com o lado emocional de uma pessoa. Provoca alteração de humor recorrente que, por sua vez, faz com que o paciente se sinta profundamente triste, desesperançoso, pessimista, apático, sem vitalidade e com sua autoestima abalada. A depressão também acaba por afetar a rotina de sono, o apetite e o comportamento dos indivíduos.”.

Estou triste. Posso estar deprimido?

Marcely Quirino também ressalta que é preciso apontar a diferença entre a depressão e a tristeza para que não haja confusão. “Sentir-se triste eventualmente é da natureza do ser humano. Todos nós passamos, às vezes, por situações desagradáveis, impactantes ou complicadas, como a morte de alguém próximo ou o término de um relacionamento, que podem acarretar tristeza passageira. Para os pacientes com depressão, essa alteração de humor é diferente – é possível que não haja uma causa direta e, além de não ser temporária, vem acompanhada de uma visão de extremo pessimismo sobre a vida e de desinteresse em realizar até mesmo as atividades que considera prazerosas.”


Por que a depressão acontece?

Estudos científicos revelam que a condição parte de um desequilíbrio bioquímico no organismo. A produção ineficiente dos neurotransmissores serotonina, noradrenalina e dopamina, responsáveis pelas sensações de prazer e felicidade, resulta na doença. Os fatores psicológicos e sociais são, na verdade, consequências, e não causas da depressão. No entanto, nem todas as pessoas com predisposição genética desenvolvem a depressão quando expostas a situações consideradas “gatilhos”.

Os gatilhos mais comuns para o desencadeamento das crises depressivas são traumas na infância, altos níveis de estresse, uso de determinados medicamentos, conflitos, perda de pessoas próximas, problemas pessoais significativos, doenças graves e abuso de entorpecentes.


Como tratar?

Há diferentes graus da doença, que pode se apresentar de forma leve, moderada ou grave. No primeiro caso, a terapia por si só já é capaz de reverter o quadro. Para as demais condições, pode ser necessário unir o tratamentopsicológico ao psiquiátrico, que preconiza o uso de medicamentos antidepressivos, ansiolíticos ou antipsicóticos, eficazes na inibição dos sintomas. É importante ressaltar que, qualquer que seja a circunstância, é fundamental se consultar regularmente com um terapeuta.


Como identificar?

O diagnóstico pode ser realizado por um psicólogo, psiquiatra ou clínico geral, que vão levar em consideração a história clínica e os sintomas relatados pelo paciente. É importante que o profissional seja cauteloso com o diagnóstico, pois a depressão pode estar associada a outros distúrbios psiquiátricos.

Confira, a seguir, uma lista de sinais frequentes em pacientes com quadro depressivo:

- perda de interesse em atividades do cotidiano;
- humor abalado e desesperançoso;
- falta de energia;
- aumento ou diminuição significativa do apetite;
- insônia ou excesso de sonolência;
- sentimento de fracasso ou decepção;
- dificuldade de concentração;
- ideação suicida.​


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