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O papel dos pais na construção da autoestima dos filhos

Preparar crianças e adolescentes para o mundo depende de atitudes conscientes da família

Do primeiro caminhar às primeiras decisões próprias. Das primeiras amizades à primeira paixão. As passagens de fase, desde a infância à adolescência, são transições importantes, não só no âmbito etário, mas também para a formação do caráter, da personalidade e da maneira como a criança ou o jovem vai encarar o mundo.

Por definição, autoestima se refere à percepção e à avaliação de uma pessoa sobre ela mesma, baseada tanto em suas concepções quanto nas de terceiros. Essa dinâmica é construída no dia a dia, e os pais têm um papel fundamental nesse processo de desenvolvimento. Quando os pais encorajam os filhos a fazerem algo novo, como calçar o tênis sozinho, ou mostram que confiam nos filhos para a realização de alguma atividade, a autoestima deles é fortalecida e as crianças se sentem validadas, confiantes e aceitas.

De acordo com a psicóloga do CHN Marcely Quirino, os pais têm um papel fundamental na elaboração e no fortalecimento da personalidade, do caráter e da autoestima dos filhos.

“Existem atitudes simples que podem fazer uma grande diferença, como transmitir confiança e afeto, deixar os filhos tentarem e falharem se for necessário, pois crianças que não fazem nada por conta própria podem ter problema na autoestima. Valorizar sua opinião e permitir que tenham independência na escolha das atividades que gostariam de fazer; recompensar e demonstrar valor a bons comportamentos e pensamentos empáticos e altruístas; reconhecer suas conquistas acadêmicas e extracurriculares, mas entender que pessoas são diferentes e não há necessidade de compará-los com terceiros nem pressioná-los; estimular suas paixões e depositar confiança em seus potenciais, mesmo que erros sejam cometidos e o sucesso não venha sempre, são partes fundamentais do processo de aprendizado. Sendo assim, dê muito amor, converse, tenha tempo para seus filhos, pois são como flechas que vão mais longe. Isso faz com que eles se desenvolvam de forma saudável, autônoma, segura e feliz”, aponta a especialista.

​É preciso, apesar disso, ser moderado. Da mesma forma que a ausência do estímulo familiar pode fazer com que o jovem se torne uma pessoa imatura e despreparada para a vida adulta, os estímulos excessivos também podem ser problemáticos. Exagerar nos elogios à aparência, às conquistas e ao comportamento pode transformar uma autoestima saudável num ego inflado, deixando os filhos vulneráveis a grandes frustrações. É preciso encontrar um meio-termo.​

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